Pai e avô inestimável, o agricultor e comerciante Catulino Brum Figueiredo, 94 anos, nasceu na zona rural de São Sepé, na localidade de Ipê. Filho de Zelinda e João José Brum Figueiredo, ele se casou com Eulita, conhecida como dona Alba, em 1948. O casal teve uma única filha, Céris, 69 anos, dois netos, Lucas, 35, e Tiago, 36. Ele também deixou quatro irmãs e sobrinhos.
Catulino mudou-se para Santa Maria em 1953. Na década de 1960, adquiriu a Lancheria e Bar Corintiano, que ficava na Rua do Acampamento. O estabelecimento era frequentado por muitas famílias e por estudantes da recém-criada Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
- No bar, o pai fez amigos que preservou até o fim da vida. Ele tinha um carinho especial com as crianças, a quem adorava agradar com pirulito e bala. O pai era calmo, alegre e querido - conta Céris.
Ela lembra ainda que Catulino tinha excelentes condições de saúde e que se exercitou em academia até os 92 anos:
- Ele era exemplo de motivação. A fé era outra referência do pai. Rezar o terço e acompanhar a programação da Rede Vida também era rotina para ele.
Em 1977, Catulino fechou o bar e se mudou para a Rua Pinheiro Machado, próximo ao Parque Itaimbé, onde viveu até os últimos dias. A casa dele era ponto de encontro da família e dos vizinhos, que reuniam-se com o idoso para tomar chimarrão de manhã e à tardinha.
- O vô foi um homem incrivelmente bom. Recordo das nossas brincadeiras juntos e das vezes em que me buscava na escola. Ele era carinhoso comigo e com todos em sua volta. Viver 94 anos não é para qualquer pessoa! Os bons duram muito. Guardarei a lembrança do sorriso dele - conta o neto Lucas.
Céris destaca o casamento de 65 anos de Catulino e Alba, falecida aos 88 anos, em 2013. De acordo com a filha, a união foi marcada por companheirismo, amor, carinho e religiosidade. Segundo ela, os pais foram referência para as famílias Figueiredo, Lima (de Alba) e Baisch (do genro, João Carlos, 73 anos). Segundo Tiago, Alba e Catulino foram os melhores avós que alguém pode ter:
- Sou grato por ter sido neto deles. Para ele, a minha esposa, Alyssara, 35 anos, era uma terceira neta. Agradeço a ele por tudo. Catulino não perdia nenhum jogo do Internacional, time do coração. Assistia às partidas pela televisão e escutava pelo rádio.
Entre seus hábitos, estavam a leitura do jornal e o churrasco assado pelo genro, na casa de veraneio, em Itaara. Em 12 de novembro, Catulino faleceu no Hospital de Caridade de Santa Maria. Ele foi sepultado no mesmo dia, no Cemitério Santa Rita. A família preferiu não divulgar a causa da morte.
Outros falecimentos em Santa Maria e região
Funerária Cauzzo
25/12
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28/12
- Olga Costa dos Santos, aos 88 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal de Restinga Sêca
- Humberto Gabbi Zanatta, aos 70 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico, em Santa Maria
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30/12
- Barbara da Silva Borges, aos 8 anos, foi sepultada no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria
- Dejalmo Bitencourt Jacques, aos 92 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico, em Santa Maria